terça-feira, 26 de abril de 2011

Sob o Céu do Sul

"Guardo inteiro em mim
 A casa que mandei um dia Pelos Ares"
Hoje vejo pela varanda tudo em volta.
Há tanta coisa no mundo.
Queria poder juntar tudo e todos que conheço num lugar só.
E vejo que isso já foi feito.
Esse é o Mundo.
Mas é maior do que eu gostaria.
E na verdade,
era Você que deveria me acompanhar nesta varanda.
Assim, por maior que fosse o planeta
tudo pareceria mais perto, mais juntinho.
Mais Nosso.
Mas você está aí. Eu aqui.
E tudo continua grande, distante e vazio.

E é promessa: Só assisto "A Cor Púrpura" contigo. Quando for...

Sob o Céu da Vitória

Sim! Uma cidade bem maior.
Olho pela varanda e é tudo distante, vasto e vazio.
Me sinto longe de todos, de tudo.
Indeciso por completo.
Longe de ti.
Minha lingua pede os outros sabores das mesmas músicas.
Meu nariz pede os outros aromas das tardes.
Acho que tudo pede o Antes. Pede Você.
Mas se perde.
Meus cabelos estão cansados de sentir os meus dedos.
Os cigarros nunca pareceram tão pequenos - sem o seu gosto.
Talvez viver várias vidas em uma só deva cansar.
Ou é apenas uma recaída.
E na verdade eu nunca escrevi bem.
Mas é preciso vomitar  continuar a Te beber.
Mas ainda tenho 22, e você 23.

Fragmentos da dúvida / confusão mental

Passou mais de um ano...
O aniversário foi como se nada.
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Agora vem chegando o inverno.
É hora de sair daqui, para não sucumbir à ontade de sentir os corpos quentes embaixo do edredon.
Parecia tão viceral que misturava Dali e Picasso.
O quadro poderia ser muito confuso.
Mas o relógio derreteu e o fuso horário se desfragmentou.
Hora do chocolate quente!
-

Existem coisas mais pertinentes que o nosso fajuto relacionamento rompido.
Deverias assistir "O Grande Mestre" e aprender sobre críticas!
-

Suas gargalhadas ecoam na minha cabeça por horas.
Teus choros e lágrimas ficaram escondidas num quarto no último andar, no Rio.

alvorada

São Paulo é do tamanho de acordo com nossas necessidades.
Desta vez parece bem maior que das últimas.
Eu nunca havia visto o nascer do sol pelo avião.
É tão flamejante, rosa escaldante e névoa por todos os cantos.
Daria um ótima tela - será que dá tempo de pintar no ar?
Como o Pequeno Príncipe... "é só arrastar a cadeira para trás".

volta

Pela segunda vez na vida tomo um vôo à Porto Alegre.
Confesso que a alegria de hoje não é a mesma deúltima vez, é apenas diferente.
Se já teve um sabor fabriziense tão gostoso e peculiar... hoje tem o gosto do cheiro do palco, dos tecidos, cortinas, madeiras, verniz - tablado.
Uma sinestesia prática de quem trabalha na "caixa preta".